segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Resumo da 31º Rodada, do Brasileirão


No fim de semana das homenagens a Pelé, Santos dá vexame e Obina é o destaque, mas reta final do Brasileirão põe oito em briga de foice pelo título

Nunca houve uma rodada como ela. Com nome e tudo, batizada oficialmente pela CBF por motivo dos mais nobres: homenagear o Rei do Futebol em seu aniversário. Quis o destino, porém, que a rodada Pelé 70 Anos fosse realmente ímpar, engrandecida por golaços e grandes partidas, porém marcada por heróis surpreendentes, raramente associados ao bom gosto estabelecido no futebol. Obina foi um deles.


Tantas vezes contestado, mas quase sempre goleador, o atacante colocou seu nome na história dos duelos entre Cruzeiro e Atlético. Ao marcar três gols no dérbi no Parque do Sabiá no domingo, fez algo que, em 89 anos de história, só sete outros homens tinham conseguido antes. Mais importante do que isso: foi decisivo na vitória por 4 a 3 que tirou da zona de rebaixamento um Galo que ali era cozinhado há 21 rodadas. Os iluminados trinta minutos iniciais do bom baiano também sacudiram todo o andar de cima do Brasileirão e acrescentaram um bocado generoso de pimenta e dendê na luta pelo título. A Raposa perdeu o jogo e também a liderança. Agora, do topo da tabela até o oitavo colocado, o Grêmio, apenas sete pontos abaixo, todos parecem autorizados a sonhar em ser campeão. Embolou bonito. É briga de foice entre oito, cada um com 21 pontos a disputar.

Para ocupar a ponta, bastou ao Fluminense conquistar um pontinho. Mas que pontinho suado... Na Arena da Baixada, onde é sempre complicado escapar sem derrota, o Tricolor enfrentou mais do que o eficiente time de Paulo Baier, Guerrón e Branquinho. Seu centroavante Washington, que não marcava há oito jogos, quebrou o jejum da pior maneira possível. Subiu mais alto que todos na própria área e fez um golaço contra. O Flu conseguiu empatar, mas, aos 38 do segundo tempo, Vágner Diniz colocou o Atlético-PR em vantagem novamente. Três minutos depois, Tartá caiu na área do Furacão. O juiz Wilson Seneme deu pênalti, e Washington, 1,89 metro, chegou junto para bater. Conca, 22 centímetros mais baixo, não aceitou e peitou o colega. Falou firme, tomou a bola de suas mãos e afastou seu braço comprido. Tinha o respaldo do treinador e o nome de um famoso craque nas costas da camisa 10. Cobrou sem chance para Viáfara: 2 a 2. Flu líder com 54 pontos, na frente do Cruzeiro pelo saldo de gols.


Conca e Muricy haviam entrado em campo com o nome de Pelé em suas camisas. Geraldo, o 10 do Ceará, também; seu time venceu o poderoso São Paulo por 2 a 0 no Castelão, e segue firme em 11º lugar, com 42 pontos, rumo à Sul-Americana.

Fábio Santos, um gigante inesperado no Gre-Nal


Mas homenagem ao Rei não foi garantia de sucesso na rodada. Ironicamente, o maior drama dos dez jogos do fim de semana foi estrelado pelo atual camisa 10 do Santos, Neymar, que trocou o número habitual pelo 70. Numa Vila Belmiro doida para festejar, o primeiro gol do Peixe contra o Grêmio Prudente foi comemorado com soco no ar coletivo, coreografado. Mas depois do segundo, o clima de festa desceu para o gramado. E o lanterna do Brasileirão, praticamente desenganado na luta contra o rebaixamento, conseguiu os três gols da virada em apenas 17 minutos de bola rolando no segundo tempo. Até que, aos 35 minutos, veio o pênalti a favor do Santos: Neymar até deslocou o goleiro, mas a bola subiu demais, bateu no travessão e saiu.

O Peixe permaneceu com 48 pontos e chutou para a arquibancada uma chance de ouro de chegar pertinho do trio da frente. Junto do Peixe, mas abaixo na classificação, estão agora o Internacional (saldo pior) e o Botafogo (menos vitórias). No sábado, o Alvinegro quebrou sua incômoda sequência de oito empates com um sofrido 1 a 0 sobre o Vitória (novo integrante da zona de rebaixamento, com 34 pontos) no Engenhão.


No domingo, o Gre-Nal ajudou a compactar o bololô na parte de cima da tabela. D'Alessandro e o goleiro Victor brilharam em um 2 a 2 eletrizante no Olímpico, mas o destaque do jogo foi o "patinho feio" Fábio Santos, jogador que a torcida do Imortal jamais deixa de "incentivar" - no caso, "incentivar" sua ida a lugares inóspitos... No segundo gol, o perseguido lateral-esquerdo deixou a marcação na saudade e fuzilou Renan com um balaço.

No Rio de Janeiro, o 1 a 1 entre Vasco e Flamengo foi ruim para todo mundo: para os cruzmaltinos, que jogaram melhor no primeiro tempo; para os rubro-negros, que passaram mais da metade do segundo em vantagem numérica (Dedé foi expulso), e para os 21 mil pagantes, que se dirigiram até o Engenhão, cenário inédito para o clássico, e testemunharam velhos defeitos em suas equipes. A cena da expulsão de Dedé, após dividida com Willians, chamou mais a atenção do que o futebol mostrado. O vascaíno atingiu violentamente a canela do rubro-negro e, já caído, no afã desastrado de afastar a bola, desferiu lhe um segundo coice. Ninguém em sã consciência poderia reclamar desse cartão vermelho, mas... Felipe, Fernando Prass e boa parte do time do Vasco ficaram indignados e dirigiram-se ao árbitro Gutemberg de Paula de forma agressiva. O técnico PC Gusmão, mais exaltado ainda, também acabou sendo expulso. Depois do jogo, reclamou da postura do juiz em relação a seus jogadores:


- O que ele falou pra gente, também... Eu não tenho sangue de barata - observou o treinador do Vasco.

O Vasco está em 12º lugar, com 42 pontos; o Flamengo, em 13º, com 38 - quatro acima da zona do rebaixamento, atualmente ocupada por Grêmio Prudente (24 pontos), Avai (30), Goiás (31) e Vitória (34).

O clássico paulistano no Pacaembu também gerou alguns momentos de destempero, mas teve bom futebol. Na estreia de Tite, o Corinthians bateu o Palmeiras por 1 a 0 e superou a zica de sete jogos sem vencer. Agora está apenas um pontinho atrás de Fluminense e Cruzeiro. Ronaldo, com a nuca tão "fofinha" quanto a do árbitro Héber Roberto Lopes, participou bem do jogo durante os 90 minutos. No começo, quase deixou o dele, após boa tabela com Jucilei. Aos 22, Roberto Carlos dominou com muita categoria e rolou para Bruno César, que chutou. A bola desviou em Marcos Assunção e enganou o goleiro Deola. No segundo tempo, Felipão colocou em campo Valdívia, supostamente poupado por uma lesão na coxa. Botou no intervalo e tirou 34 minutos depois. Na entrevistá pós-jogo, o treinador deu showzinho de grossura ao falar do assunto:

- Quem disse que ele se machucou? O médico não confirmou bosta nenhuma, não falou merda nenhuma. Não me venham aqui botar palavras na boca do médico... O que ele disse é que ele tem uma fibrose. E a fibrose não o impede de jogar - explodiu Felipão, antes de explicar que sua opção não foi motivada por nenhuma insatisfação com o rendimento do chileno.

Com a derrota, o Palmeiras ficou com 44 pontos, em décimo lugar. Com duas vitórias a mais, o São Paulo é nono. Os três pontinhos perdidos pelos dois times no domingo parecem fazer a diferença na licença para sonhar com o título. Mas não convém descartar times de tradição que estão a dez pontos do líder quando todos ainda têm 21 por disputar.

- Com certeza este é o campeonato mais difícil do mundo. Tem muita gente capaz de lutar pelo título - ensinou Muricy, tricampeão brasileiro como técnico e uma vez como jogador.

Jogador da Rodada: Obina, fez 3 gols no clássico e ajudou o Atlético Mineiro a sair da Zona de Rebaixamento.

Time da Rodada: Atlético Mineiro, depois de 16 rodadas o Galo Mineiro, saiu da Zona de Rebaixamento depois de um clássico eletrizante.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Resumo da 27º Rodada do Brasileirão.

Rodada #27: trio da frente empaca em sábado de empates frustrantes


Flu, Corinthians e Cruzeiro decepcionam; gaúchos avançam e, na zona do rebaixamento, Atlético-MG de Dorival Junior mostra, enfim, poder de reação

 Sábado, sempre dia de muita expectativa - ainda mais quando é véspera de eleição presidencial. Aí não tem erro, é matemático: onde rola muita ansiedade, sempre sobra frustração. Só quatro times venceram - e um deles, o Galo, não está em situação de comemorar, pois segue, aflitíssimo, em antepenúltimo lugar. Para a maioria das torcidas, vale a pergunta: foi ruim para você também? Foi, principalmente para a turma de cima da classificação do Campeonato Brasileiro. Fluminense, Corinthians e Cruzeiro empataram e  ficaram onde já estavam, desperdiçando chances preciosas. Será que em 2010 teremos uma reprise do fenômeno de 2009, o "deixa-que-eu-deixo" no pelotão de cima? Aquela coisa de os principais candidatos saírem entregando, um a um, sucessivamente, as oportunidades de se distanciar dos rivais na luta pelo título...

Novamente regido por Conca, o Fluminense foi visitar o Grêmio Prudente, lanterna, teoricamente um anfitrião que não causaria problemas. O líder saiu na frente e teve boas, ótimas chances de matar o jogo: mas Rodriguinho, que fez um golaço, perdeu duas bolas fáceis cara a cara. O Tricolor passou uma horinha feliz, enxergando-se seis pontos à frente do Corinthians, que amargou 66 minutos em desvantagem contra o Ceará. Aí o lanterninha acendeu, e veio o gol de Willian, aos 27 do segundo tempo. Como não há nada ruim que não possa piorar, o goleiro Rafael ainda precisou se esticar para garantir ao empate, aos 46. Se esse foi o joguinho traiçoeiro que Muricy antevira, o que dizer do desafio de quarta, no Engenhão, contra o Santos?


Apesar da tarde seca no sábado da terra da garoa, o cabo de guarda-chuva também foi servido para 28 mil torcedores que se aventuraram pelo Pacaembu. No primeiro tempo, o centroavante Marcelo Nicácio fez um gol e quase se consagrou em outro lance; no segundo tempo,o velho Magno Alves deixou o dele. Para os corintianos, o mais bizarro não foi o visitante Ceará ter saído frustrado com o 2 a 2 do placar final. Incrível foi fazer festa para um gol sem querer assinalado por Defederico. O próprio argentino confessou que queria cruzar no lance salvador, aos 37 minutos do segundo tempo.

Depois desses dois jogos, realizados às 16h, o Cruzeiro entrou em campo, pimpão, achando-se presenteado pelo destino. Mas não arrumou nada diante de um aplicado Atlético-PR, que botou bola na trave de Fábio e por pouco não apronta. No fim, foi um zero a zero que deixou a Raposa exatamente onde estava, em terceiro lugar, a quatro pontos do líder Flu e a um ponto do Corinthians (que tem um jogo a menos que seus dois rivais)


No Engenhão, Botafogo e Flamengo também racharam uma pizza sabor consolação. O alvinegro, mesmo sem jogar nada do primeiro tempo, ia "achando" uma vitória graças ao gol de Lucio Flavio, em magistral cobrança de falta à la Zico. Já os rubro-negros encontraram o empate em uma bola que parecia perdida, dominada por Alessandro perto da linha de fundo. Mas Angelim insistiu, o botafoguense se enrolou e o juiz marcou pênalti.


Petkovic cobrou e Jefferson defendeu, mas Léo Moura marcou no rebote. Tudo igual, ruim para os dois. O Botafogo permanece em sexto, a seis pontos do G-3. O Fla está em 15º lugar, quatro acima do sarrafo da zona do rebaixamento, e deve começar a semana com novo técnico.


No clássico entre Santos e Palmeiras, na Vila, ninguém riu por último tampouco. A camisa 100 de Neymar, marcando marqueteiramente o que já foi seu 101º jogo pelo Santos, ficou meio fora dos holofotes. Valdivia, que fez bonito na assistência ao gol de Kleber, acabou chamando mais a atenção em campo - e na saída dele também, pelo beicinho de pirralho ao ser sacado por Felipão, aos 41 do segundo tempo. O empate do Peixe veio em uma jogada genial de Alan Patrick cuja conclusão só entrou por causa do desvio infeliz de Danilo.

Em Porto Alegre, só alegria. No Beira-Rio, um Colorado com reservas fez 3 a 0 no Guarani e ficou menos longe do topo: agora voltou a ter oito pontos a menos que o Flu. Já o incrível Grêmio, cada vez mais líder do returno, trouxe um belo 3 a 0 do Barradão. Agora vai tranquilinho receber o lanterna Prudente.

Se o empate entre Avaí e São Paulo pode ser definido como um tremendo zero a zero, com prejuiízo para os dois sócios, o jogo no Serra Dourada entre Atlético-GO e Atlético-MG foi o carrossel de emoções da rodada. Quando o jogo estava 2 a 1 para os rubro-negros, e o peso trágico do mundo já estava vergando os ombros de Dorival Júnior e da torcida do Galo, o zagueiro Réver acertou uma bicicleta daquelas que dois ou três que vão acertar na vida inteira. Empatou o jogo. E aos 47, em bola chorada que o zagueiro salvou em cima da linha, voltou, bateu no goleiro e entrou, veio o 3 a 2, creditado a Ricardo Bueno.

Com o resultado, o clube mineiro ficou a um ponto de seu xará goiano, que visita o Flamengo na quinta-feira. E o Galo recebe na quarta o Corinthians, para testar se o despertar do pesadelo foi mesmo pra valer.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

01 de Outubro de 2010: Um dia pra ser esquecido para a Torcida Rubro - Negra!

Desde que me entendo por gente, jamais me defini ser o eduardo, filho da senhora Fátima e do senhor Lenio mas sim como um flamenguista que leva o Flamengo a frente de TUDO E DE TODOS. Em toda a minha vida, cada segundo foi vivido em prol não somente de um eu mas também e principalmente em prol do Flamengo.

A cada alegria, cada suspiro, cada sorriso, cada choro, enfim, cada sentimento que um ser humano é capaz de ter, foi surreal, imensurável, inexplicável e indescritível. Todos esses sentimentos, foram trazidos e apresentados ao meu peito e minha alma, pelo Flamengo. Essa paixão de ser Flamengo, é uma paixão que contagia, que sei lá, poderia citar vários adjetivos e não acharia algum capaz de poder representar este amor citado neste texto.


Por ÚNICAMENTE um interesse, certos elementos que se julgam Flamengo, que se julgam torcedores, e que se julgam amar o Flamengo; insultam, menosprezam e dão demonstrações graves de ingratidão e desrespeito a quem nós deveríamos reverenciar a cada instante que pudessemos estarmos em sua presença, pois este que me refiro, fez o Flamengo ser o que hoje.

Lutou com sua técnica, seu sangue, sua raça e seu suor por exclusivamente amor. O que é o amor pra você que esta lendo este texto? Pense um pouco, você sabe o que é amar?

Como dito no título, eu tenho vergonha de ser rubro-negro, jamais pensei que poderia dizer isso em toda a minha vida mas eu to desmoronado, perdido e sem chão com isso que fizeram com o Zico. Isso é covardia, isso é gravíssimo. Acusaram, jogaram pedra, martilizaram não por cobranças devidamente certas mas somente para defender seus interesses financeiros.

Podem se titularizarem como rubro-negros mas JAMAIS terão o sangue rubro-negro correndo em vossas veias e JAMAIS saberão o que é amar!

Um dia terão vergonha de tudo isso que estão fazendo e perceberão que é tarde para tentar arrumar esta cagada.Zico, eu te peço perdão por tudo o que fizeram contra você.

Eu vivi, senti, chorrei e sorri cada segundo destes seus 4 meses de Flamengo. Pouco tempo não? Mas em pouco tempo pude saber, entender e sentior, o que é amar. Você tem isso de sobra pelo Flamengo, Jamais conseguirão apagar você da história do Flamengo, Jamais. Você é único, você é e sempre será o nosso eterno camisa 10 da Gávea.

Não venho aqui pedir que volte para o cargo, venho sim pedir pra que nunca volte para o Flamengo. Não por ser um péssimo profissional(muito pelo contrário), não volte para não sofrer mais do que você vem sofrendo ao ver estas pessoas(se é que podem ser definidas como) acabando com o que você lutou com muito esforço para construir. É triste!

Quem semea o mal na terra, pagará pelos seus atos não no céu mas sim, aqui na terra. E podem ter certeza, que a hora de vocês está chegando!

Podem vestir o manto mas JAMAIS saberão o que é amar.

Zico, eu te peço perdão por eles!